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Sérgio Bastos – Rubrica: Quem viaja

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Nesta entrevista temos o viajante Sérgio Bastos.
Vamos conhecer um pouco mais sobre quem viaja e explora o mundo. Nesta rubrica “QUEM VIAJA“, proponho dar a descobrir várias pessoas que viajam o mundo à sua maneira, cada um de forma diferente. Tento criar assim, um perfil de viajante, rápido e fácil de ler sobre vários viajantes portugueses e brasileiros.

Sérgio Bastos – Perfil de Viajante

    Sergio Bastos - Rubrica: Quem viaja

  • Nome completo: Fernando Sérgio Gomes Bastos
  • Profissão: Jornalista
  • Data de nascimento: 1963
  • Local de nascimento: Aveiro – Portugal
  • Local de residência: Vila Nova de Gaia – Portugal
  • Quantos países já visitou: 11
  • Quantos continentes já visitou: 3
  • Maneira preferida de viajar: De jipe, com bicicleta. Embora o meu sonho fosse viajar a Europa de bicicleta. Monetariamente não tenho, ainda, como concretizar esse sonho. Se amanhã, como profissão a proposta fosse nesse sentido, diria sim, sem pensar nem hesitar.
  • Comida preferida: A comida da minha região: Vitela assada no forno (arouquesa), Leitão à Bairrada e Caldeirada de peixe.
  • Cor preferida: Verde da natureza e o azul do céu.
  • Banda preferida: Pink Floyd. Não é a que ouço mais actualmente, mas foi uma banda emblemática, a maior banda de sempre e a que mais me marcou.
  • Fruta preferida: Banana. É nutritiva, saborosa, prática. Uso-a em caminhada ou quando ando de bicicleta. Mesmo durante um dia de exercício sei que ando bem alimentado.
  • Livro de viagem preferido: Sons do Silêncio de Nuno Lobito
  • Já se apaixonou por alguém em viagem? Sim
  • Você vive para viajar ou viaja para viver? Ambos. Contudo, faz todo o sentido viajar para viver.
  • Próximas viagens: República Checa, Eslováquia, Hungria, Alemanha ou Inglaterra. Hipótese B é continuar para Norte e visitar alguns paéses nórdicos, que é um velho sonho.
  • Países onde não voltaria: Brasil, apenas porque não gosto de andar de avião. Os outros penso lá voltar, gosto de recordar. Já fazem parte de mim, e como viajo sempre de automóvel, já está implícito que tenha de atravessar alguns.
  • Países onde voltaria: Espanha, sempre. Holanda e Alemanha
  • Países com melhor comida: Dos que conheço, Portugal, Brasil, Alemanha. Alemanha porque sou um fã das suas salsichas, da sua cerveja e dos seus magníficos bolos e tartes.
  • Qual o país com mulheres / homens mais bonitos: Acho que todos têm homens e mulheres bonitos, uns física, outros espiritualmente.
  • Hotel preferido: Oton Hotel, Rio Janeiro, Brasil (frente a Copacabana)
  • Site / blog: Não tem

Sérgio Bastos – Rubrica: Quem viaja – Falar com o viajante

Fotografia Viagem de Sergio Bastos
Fotografia Viagem de Sérgio Bastos

Sergio Bastos Entrevista Viagens
Sérgio Bastos Entrevista Viagens
Qual é a sua relação com as viagens? O que pretende encontrar enquanto está a conhecer outros países?

Considero-me um privilegiado em relação a muitos e um principiante comparado com aventureiros que percorreram o mundo. Conheço relativamente bem alguns países europeus mais próximos de Portugal. Quando comecei a viajar a minha primeira motivação foi conhecer algumas das maiores cidades europeias e os seus museus (Prado, Louvre, Goughenheim, Museu Van Gogh, as obras de Gaudi, em Barcelona, etc.). Satisfeita esta parte cultural, parto ao encontro dos pontos de interesse natural, quer situados em Portugal ou no estrangeiro. Associado às viagens procuro contactar com as gentes dos vários países ou regiões, dá-me imenso prazer fazer amigos enquanto viajo. Gosto de viajar pelo simples prazer da descoberta e sinto-me livre enquanto o faço. Viajo para enriquecer-me e cultural e pessoalmente porque enquanto viajo estou mais predisposto e atento ao que se passa à minha volta.

Muitos viajantes ficam fortemente marcados por algumas viagens, certas pessoas, culturas diferentes e experiências especiais. Qual a viagem mais marcante para si e conte o porquê:

A viagem mais marcante foi ao Brasil. Porque foi a primeira vez que tomei contacto com uma realidade fora da Europa, onde tudo é gigante, virtuoso, espontâneo. O clima, as árvores, a comida, os frutos… as pessoas. Na altura tinha uma enorme vontade de conhecer o povo do país irmão, de ouvi-los falar, como eram no dia a dia. Ultrapassou muito as expectativas. Enquanto caminhava pelas ruas do Rio de Janeiro, tive um sentimento na altura, muito forte, como se tivesse entrado para dentro de uma novela e estivesse a participar nela. Tudo era muito real, o Brasil é um país de grandes emoções, gigante sem dúvida!

Algumas pessoas precisam de ser incentivadas a sair de casa, a perder o medo de viajar. Que conselhos pode dar a alguém que quer começar a viajar mas não sabe como, quando e porquê?

Viajar é acordar os sentidos e alimentar o coração. Sempre que penso em viajar imagino-me a caminhar sobre o globo terrestre… Tenho a sensação de que a Terra existe no seu todo e que esta vida que me é oferecida consiste, também, numa oportunidade única de caminhar sobre ela! Um conselho? Em primeiro lugar, seja prático, quanto menos bagagens levar melhor… Toda a altura é boa para viajar e deve estar no topo das nossas prioridades encarar a viagem com naturalidade e fazê-lo. Não devemos ter medo do desconhecido porque tal não faz sentido e, com a mesma naturalidade com que pomos o pé fora de casa para ir às compras ou ao cinema, devemos fazê-lo seguindo em frente para conhecer um pouco o mundo que nos rodeia. As compensações são imensas. Apenas um aviso: depois de começar vai ficar viciado.

Já viveu num país diferente mais do que seis meses? Se sim, onde foi e o que esteve a fazer. Diga-me também, o que retirou dessa sua experiência de viver no estrangeiro:

Sim, na Holanda, aos 40 anos, decidi tirar o meu ano sabático. Tive de trabalhar para cumprir esse desejo. Aprendi a amar outro país e a sentir-me dividido entre duas culturas, dois lugares diferentes. Aprendi o lado prático e descomplexado que caracterizam a cultura holandesa e surpreendeu-me, sobretudo, a gigantesca e bem concebida obra de engenharia naquele país para recuperar as suas terras ao mar. O conceito de vida simples, aos níveis da decoração e concepçao das habitações e do uso da bicicleta ligada às mais diversas actividades do dia-a-dia, em trabalho ou em lazer, agradou-me muito.

Escolher uma paisagem preferida pode ser muito difícil. Mas tente escolher uma paisagem que ficou para sempre na memória. O que sentiu naquela altura?

Várias. Mas arrisco Copacabana pelo “mar” de gente contínuo que se vê a chegar e a sair daquela praia, logo desde as primeiras horas da manhã. Acho mesmo que o ritual diário do Carioca tem na sua essência um mergulho nas apetecíveis águas aos pés da cidade, sobre a qual o Cristo Rei estende a sua vista. Em Espanha, chorei quando vi a Lagoa Negra. Em Versailles senti-me a viajar no tempo para o reinado de Luis XV e essa ideia fascinava-me e povoava-me o imaginário há alguns anos… Em tudo há um encontro com a Histório, uma relação afectiva e de proximidade muito grande e, essa experiência vivida é muito importante, ajuda a construir a visão que temos do mundo, a sua evolução e as suas particularidades.

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