Bonita foto da estação de comboios do Rossio, captada após o pôr-do-sol, já com a iluminação nocturna do edifício ligada, observando-se a multidão que circula em frente ao imóvel. A fachada, em estilo manuelino é mesmo assim claramente visível.
A estação de comboios do Rossio, não alcançando a grandiosidade de outras estações clássicas europeias, como a de Milão ou Budapeste, é, à sua escala, maravilhosa. Localizada no ponto mais central de Lisboa é facilmente visitada, e mesmo quem não vem preparado não consegue deixar de reparar na sua bela fachada com três pisos.
O edifício foi inaugurado em 1890, apesar da actividade ferroviária se ter iniciado apenas um ano mais tarde. O arquitecto José Luís Monteiro optou por um estilo manuelino que transmite uma idea de antiguidade que não é por completo real, mas seja como for o imóvel encontra-se classificado desde 1971 como sendo de interesse público.
Os dois pisos que separam as plataformas do nível do chão justificam-se para vencer a altura a que se encontram as vias férreas, elevadas devido à morfologia própria do centro lisboeta. Outro expediente utilizado para trazer até à Baixa uma ligação por comboio foi a abertura de um túnel, que se inicia logo à saída da estação, e que vai desembocar a Campolide.
O recinto da gare propriamente dita é de consideráveis dimensões, com ampla cobertura metálica envidraçada, contando com 130 metros de comprimento e oferecendo ao serviço ferroviário nove plataformas. Actualmente serve de ponto de partida para os comboios da Linha de Sintra.