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O que fazer em Calcutá India

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O que fazer em Calcutá
O que fazer em Calcutá

Calcutá é a cidade localizada a Leste da Índia e é a capital da região de Bengala Ocidental. Esta cidade fica situada às margens do Rio Hooghly, bastante próxima do Bangladesh e é a terceira maior cidade deste país, sendo considerada uma das cidades com mais população do país. Visitar a Índia e não passar por Calcutá, é deixar para trás um destino importante que vale a pena conhecer.

Visitar Calcutá India

Visitar Calcutá India

Foi no século XVII que a Companhia Inglesa das Índias Orientais fundou a cidade de Calcutá e, desde sempre que viveu grandes problemas sociais, nomeadamente extrema pobreza e problemas ambientais no que toca à poluição.

Tem dos portos marítimos e um centro industrial mais importantes da zona Oriental do país, uma vez que produz imensas manufacturas têxteis, de papel e de produtos metálicos.

GUIA DE VIAGEM CALCUTÁ

Um ponto interessante de referir é a presença de uma arquitectura ocidental (europeia), mais propriamente no centro antigo da cidade. Esta cidade é bastante caótica, não é muito interessante e é difícil para um comum ocidental ver com os seus próprios olhos a miséria aqui existente, tal como o trânsito é sem lei e os hotéis são pouco convidativos. No entanto, é uma verdadeira aventura e, se estiver disposto a isto tudo, não deixe de visitar Calcutá.

Visite o Palácio dos Vice-Reis, que hoje é um museu, o Jardim Botânico e fique a conhecer a floresta encantada Sundara Vana, onde passa o Rio Ganges e poderá avistar um Tigre de Bengala ou um Crocodilo.

Calcutá foi fundada em 1690 por Job Charnock tendo-se tornado a capital da Índia Britânica em 1772, uma posição que manteve ao longo de todo o século XIX. Com a criação da primeira universidade indiana, em 1857, tornou-se também o centro de cultura e arte do país. Contudo, com a transferência da capital para Deli em 1911, Calcutá iniciou um penoso ciclo de decadência, para o qual contribuiu a fragmentação de Bengala após a Segunda Guerra Mundial e a acção de um grupo maoísta extremista nos anos 70. Hoje é a segunda maior cidade da Índia, com cerca de 14 milhões de habitantes na sua zona urbana. É atravessada pelo rio Ganges, e tem alguns locais verdadeiramente emblemáticos, como é o caso da ponte Howrah, do Victoria Memorial e daquele que será o mais belo edifício da cidade, o Palácio de Mármore.

Melhores atrações de Calcutá

Melhores atrações de Calcutá
  1. Victoria Memorial
  2. Catedral de São Paulo
  3. Akashwani Bhavan
  4. Templo Dakshineswar Kali
  5. Mesquita Nakhoda
  6. Fort William
  7. Mercado Chowringee
  8. Câmara Municipal – Town Hall
  9. Palácio Marble Palace
  10. Ponte Howrah Bridge
  11. Jardim Botânico
  12. Biblioteca Nacional da Índia – National Library of India
  13. Museu Maulana Azad
  14. Igreja Portuguesa – Holy Rosary Church

Momentos mais bonitos da minha visita a Calcutá:

  • Ter literalmente visto a cidade a acordar
  • Ver os homens que dobram jornais nas ruas a começar o dia
  • O nascer do Sol junto da Mesquita Tipu Sultan Shahi
  • Reparar que muita gente faz desporto antes de ir trabalhar. Encontrei muita gente a correr, a fazer ginástica e a jogar cricket às 6 da manhã no Parque Maidan que é o maior parque da cidade
  • Contacto com cavalos no Parque Maidan com vista do Victoria Memorial ao longe
  • A arquitectura do magnifico edifício Victoria Memorial inaugurado em 1921
  • Ter caminhado perto de 5 km antes das 7:30 da manhã
  • Apanhar um autocarro público desde o Victoria Memorial até à Estação Howrah Junction
  • Atravessado a ponte Howrah Bridge

Dicas de Viagem

  1. Acorde cedo e seja o primeiro a entrar nos melhores destinos de Calcutá, nos monumentos, museus ou outros locais de interesse.
  2. A melhor altura para visitar Calcutá é entre os meses de Janeiro e Março.

Turismo em Calcutá

Lugares para visitar em Calcutá

1. Victoria Memorial

Apesar do nome, o Victoria Memorial é muito mais do que um simples monumento. É um edifício imponente, construído em mármore entre 1901 e 1926, promovido pelo vice-rei britânico, Lord Curzon, para homenagear a rainha Victoria. O custo da sua construção foi totalmente suportado por doações locais e o próprio rei George V assentou a primeira pedra da estrutura. O projecto esteve a cargo do arquitecto William Emerson, que empregou uma combinação de elementos baseados na tradição britânica e Mughal, complementados por conceitos venezianos, egípcios e islâmicos, entre outros. Os bonitos jardins que o rodeiam complementam o encanto do edifício, destacando-se o amplo lago em cujas águas se observa o reflexo do memorial. Actualmente é um museu e hospeda uma galeria de arte, sendo administrado pelo Ministério da Cultura da Índia.

2. Catedral de São Paulo

A Catedral de São Paulo é um templo anglicano, construído entre 1839 e 1847 em estilo Neo-Gótico, segundo um plano desenhado por William Nairn Forbes e C. K. Robinson. Tem 75 m de comprimento e 25 m de largura, com a torre a chegar aos 61 m de altura. Veio substituir a igreja de São João que no segundo quartel do século XIX revelava-se já insuficiente para a comunidade cristão da cidade. Em 1897 foi severamente danificada por um tremor de terra e de novo em 1934 pelas mesmas razões.

3. Mesquita Nakhoda

Esta é a maior igreja de Calcutá, localizada bem no centro da cidade, na rua Jacquaria. Foi construída com o patrocínio de Abdar Rahim Osman, que fez fortuna no transporte marítimo (Nakhoda significa “marinheiro”), no local onde um modesto edifício desempenhava funções de mesquita. Ficou concluída em 1926, construída com granito trazido de Tolepur, com uma arquitectura inspirada no mausoléu do imperador Mughal Akbar, em Sikandra, uma referência do estilo Indo-Sarraceno. Tem uma ampla cúpula, dois minaretes de 46 metros de altura, e um interior ricamente decorado com capacidade para receber até 10 mil fiéis.

4. Os Fort William

Existem na realidade dois Fort William em Calcutá, o Velho e o Novo. O mais antigo foi construído em 1696 pela Companhia Britânica das Índias, na margem Este do rio Hooghly (ou Ganges), tendo como arquitectos Charles Eyre e John Beard. Nos anos que se seguiram foi expandido, com a adição de bastiões a sudeste e nordeste e foi instalada uma fábrica no interior do forte. Em 1756 o rei de Bengala, Siraj-Ud-Daulah, atacou os ingleses em Calcutá e conquistou o forte, e foi por esta altura que os europeus construíram um segundo forte William, concebido por Robert Clive em forma octogonal e terminado em 1780. Hoje em dia o forte pouco mudou mas é usado pelo Exército Indiano e não se encontra aberto a visitantes. Quanto ao forte antigo, foi mais tarde convertido em Alfândega, que ali funcionou a partir de 1766.

5. Câmara Municipal – Town Hall

O majestoso edifício da Câmara Municipal de Calcutá é uma das grandes referências arquitectónicas da cidade. Foi desenhado em estilo Romano-Dórico pelo Coronel John Garstin e ficou concluído em 1813. Nos primeiros anos o piso térreo alojou uma colecção de arte, aberta ao público, ficando o andar superior reservado aos serviços. Na segunda metade do século XIX duas coisas sucederam: o edifício foi usado para fins judiciais e, em 1897, foi profundamente renovado. Em 1914 as peças de arte que ali existiam foram transferidas para o Victoria Memorial. Após a independência da Índia o edifício foi negligenciado. Foi preciso esperar até 1998 para ser requalificado, alojando actualmente uma preciosa biblioteca e o Museu de Calcutá, que oferece aos visitantes uma área de exposição total de 1200 m2.

6. Ponte Howrah Bridge

Esta ponte é um dos locais mais emblemáticos da cidade de Calcutá. A ponte, que atravessa o rio Hooghly, é uma das principais portas de entrada na cidade, sendo cruzada diariamente por cerca de 100 mil viaturas e mais de 150 mil peões. Desde meados do século XIX que se pretendia construir uma ponte que por ali atravessasse o rio, mas dificuldades técnicas e financeiras foram adiando a decisão. Na realidade, chegou-se a uma solução de improviso, com o estabelecimento de uma ponte de barcaças, que ali foi montada até à construção da Howrah Bridge, com um comprimento de 465 metros, que foi aberta ao público em 1943. Uma curiosidade desta ponte: não foram usados porcas e parafusos para a sua montagem, estando os componentes encaixados uns nos outros. Apesar se ser ainda conhecida como Howrah Bridge, a ponte mudou oficialmente de nome em 1965, passando a chamar-se Rabindra Setu, um escritor indiano vencedor do Nobel da Literatura.

7. Templo Dakshineswar Kali

Este templo, localizado em Dakshineswar, próximo de Calcutá, foi fundado por Rani Rashmoni no século XIX, estando associado a Ramakrishna, um popular místico da época. Segundo reza a história, quando Rani Rashmoni se preparava para partir numa distante peregrinação, terá visto a Mãe Divina num sonho, que lhe terá dito que em vez da longa viagem lhe poderia simplesmente erigir um templo ali bem próximo. E assim foi feito. A estrutura foi construída segundo os princípios do estilo Bengali, com nove torres distribuídas por diversos níveis. Para além do templo principal existem doze templos secundários dedicados a Shiva.

8. Jardim Botânico

O Jardim Botânico de Calcutá chama-se formalmente Acharya Jagadish Chandra Bose Indian Botanic Garden e encontra-se na realidade em Shibpur, Howrah. O jardim foi criado pelo coronel Robert Kyd, em 1787, para fins comerciais. Pretendia o inglês experimentar ali diversas culturas, vendo quais se desenvolviam e tinham valor comercial. Mas quando o botânico William Roxburgh assumiu as funções de superintendente do jardim, em 1793, as coisas mudaram de rumo. Trouxe consigo espécies vegetais de toda a Índia e adaptou o jardim a funções científicas e de lazer. Hoje em dia o jardim ocupa uma área de 109 hectares, existindo nos seus terrenos mais de 12 mil espécies. Destaca-se o jardim de cactos, a colecção de palmeiras, de orquídeas, de bambus, o lago com magníficos nenúfares gigantes e a famosa árvore banyan que conta com mais de 250 anos de idade.

9. Igreja Portuguesa – Holly Rosary Church

Esta catedral é a sede da Igreja Católica em Calcutá, sendo também conhecida como Igreja Murgihata. Foi construída entre 1797 e 1799, segundo um plano do arquitecto britânico James Driver, estimando-se que na altura tenha custado cerca de 90 mil Rúpias. Calcutá foi fundada em 1690 por Job Charnock, e logo atraiu uma comunidade portuguesa que ali construiu uma pequena capela e que tinha o apoio espiritual de padres Augustinianos. Em 1921 os Salesianos substituíram ali os Jesuítas. Em 1979 a catedral foi ampliada com a adição da residência paroquial. O interior da igreja encontra-se aberto a visitantes aos Domingos.

10. Palácio de Mármore

O Palácio de Mármore é uma das principais atracções turísticas de Calcutá. Foi concluído em 1835 por um poderoso rajá da família Malick e é hoje uma das mais bem conservadas casas reais da Índia. Onde se ergue hoje o palácio existia antes um templo, construído pelo próprio pai do rajá. Rajendra Malick era um apreciador de arquitectura e escolheu um estilo Neoclássico para o seu palácio, para o qual escolheu colunas coríntias, recheando-o com todo o tipo de preciosidades e, claro, revestindo-o integralmente a mármore. Com mais de cem tipos desta nobre pedra, segundo se diz. Em seu redor foram construídos magníficos jardins, existindo mesmo um pequeno zoo, o primeiro da Índia, na propriedade. Os descendentes do rajá ainda habitam o palácio mas pode ser visitado, de forma condicionada.

Excursões em Calcutá

Roteiro em Calcutá

Roteiros para visitar Calcutá de maneira independente. Itinerários nos melhores destinos e ideias de o que fazer em Calcutá na Índia.

1 Dia em Calcutá: passo-a-passo

O primeiro destino que visitei na Índia foi Calcutá. Não posso dizer que tinha muito interesse em ficar uns dias na cidade, mas no final acabei por gostar e apreciei o que vi de uma maneira que realmente não estava à espera. Nesta página vou tentar criar um roteiro diferente, relatando como eu entrei na cidade, visitei alguns locais durante uma breve manhã, até ao momento de partida.

Cheguei de avião ao Aeroporto Internacional Netaji Subhas Chandra Bose vindo do Bangladesh. Gostei muito do aeroporto de Calcutá, estava silencioso, vazio e tranquilo. A renovação que o aeroporto teve recentemente transformo-o num espaço muito agradável, prático e moderno.

Tratei das formalidades de receber o visto da Índia que tinha feito online através do processo rápido de Indian e-Tourist Visa e fui directo ao guichet de comprar um bilhete de comboio.

Eu não sabia ao certo como iam ser os meus primeiros dias na Índia. Só sabia que queria sair o mais rápido possível de Calcutá e seguir viagem para Varanasi. Sorte a minha tive vaga no comboio da manhã seguinte saindo da Estação Howrah Junction às 8:15 da manhã.

De seguida fui à zona de táxis pré-pagos onde paguei 280 rupias por uma viagem de cerca de 16 km até à zona de Calcutá chamada de Chandni Chowk.

Lá saí do aeroporto e fui em direcção aos táxis junto aos polícias, entreguei o meu recibo e fui numa viagem de quase uma hora pelo trânsito nocturno de Calcutá.

Para minha surpresa o meu táxi era amarelo e da épica marca Hindustan Ambassador, que dá um ar muito colonial à cidade. O Ambassador foi baseado no antigo carro britânico Morris Oxford III.

Uma das primeiras observações que fiz de Calcutá em comparação a Daca no Bangladesh onde tinha estado na semana anterior, foi que a Índia me pareceu muito limpa.

Não tinha hotel reservado por isso fui à sorte tentar encontrar um alojamento num bairro onde tinha ouvido que havia vários hotéis. Depois de ter entrado em dois hotéis, dos quais um estava lotado e o outro tinha um preço acima do meu orçamento, lá consegui encontrar um (caro na mesma), mas onde acabei por ficar porque não queria estar mais a vaguear pelas ruas.

O Hotel Embassy, custou 1500 rupias por um quarto duplo com casa de banho privada, ar condicionado e TV. Basicamente não valeu o dinheiro que paguei mas serviu para o efeito.

O meu dilema agora era:

Estava em Calcutá e tinha comboio cedo para Varanasi.

Será que podia aproveitar um pouco da cidade e visitar alguma coisa antes de ir embora?

Acordei cedo como é normal, e ao nascer do Sol saí do hotel e comecei a andar pela Chittaranjan Avenue em direcção ao Victoria Memorial, que se encontrava a cerca de 5 km de distância do meu hotel. Como a minha mochila não era muito pesada, esta caminhada fez-se bem.

Quando saí do hotel pude reparar na fantástica rua onde estava. A Índia é muito exótica, e junto a calor, sujidade e pessoas sorridentes, este país é sem dúvida marcante.

Uma das coisas fantásticas que reparei logo foi nos homens que dobram e organizam os jornais ali mesmo na calçada da rua.

Humildemente, tirei uma fotos trocando olhares simpáticos e de cumplicidade com estes senhores que simpaticamente não se importaram com a minha presença a tirar fotografias.

Rapidamente pude reparar que estava fora de questão tentar ler um jornal indiano. O lettring do jornal escrito em devanágari é lindo.

Olhando pelas ruas transversais à avenida por onde eu passeava, ia reparando o quão vazias e calmas estas se encontravam. Eu tenho um gosto peculiar que é ver as cidades a acordarem. Gosto de ver como o dia-a-dia se constrói nas cidades desde a manhã.

Descendo a Chittaranjan Avenue até à Chowringhee Square, entrei na Mesquita Tipu Sultan Shahi, pelas traseiras onde várias pessoas estavam a dormir deitadas no chão.

Descendo agora a Jawaharlal Nehru Rd, lá fui eu em direcção ao que o mapa da minha aplicação Maps.me me ia indicando que eu deveria seguir até chegar ao meu destino, que seria o Victoria Memorial.

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