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Como chegar à Antártida

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Como chegar à Antártida
Como chegar à Antártida

Para visitar a Antártida há que primeiro chegar a um dos portos de onde existem partidas de cruzeiros para o continente gelado. Há partidas de locais mais distantes, como a Austrália e a Nova Zelândia, mas esses cruzeiros têm uma longa duração e custam preços interditivos para quase todos nós.

A maioria das pessoas simplesmente viaja até à extremidade da América do Sul e de lá parte em cruzeiros que demoram apenas dois ou três dias para atingir a Antártida.

Do Chile o porto de partida é Punta Arenas, mas é de Ushuaia, na Argentina, que saem mais navios rumo à Antártida. Dito isto, deverá primeiro atingir a capital de um destes países.

USHUAIA ARGENTINA

O melhor local para embarcar num cruzeiro para a Península Antártida é em Ushuaia, a cidade mais austral da Argentina, na ilha da Terra do Fogo.

Provavelmente Buenos Aires. De lá poderá voar para Ushuaia, devendo esperar pagar entre 100 a 150 Euros por trajecto.

Poderá também viajar de autocarro, atravessando diversas regiões argentinas, incluindo a Patagónia. Serão 3.100 km, percorridos calmamente em nove dias, se desejar parar pelo caminho para usufruir do percurso.

Algumas pessoas fazem do Rio de Janeiro até Ushuaia de mochilão em várias semanas. A viagem de autocarro (ônibus) será provavelmente mais cara do que o voo, mas será parte de uma experiência inesquecível.

Numa travessia quase directa, conte com 48 horas de viagem, incluindo uma mudança de autocarro em Rio Gallegos e uma travessia de fronteira, já que é necessário entrar (e voltar a sair) em território chileno para chegar a Ushuaia.

Uma vez em Ushuaia ou em Punta Arenas, tire uns dias para descansar e visitar a região. A beleza destas paragens é única e há muitas actividades à sua espera. Tenha em consideração que o alojamento e a alimentação não são nenhuma pechincha por aqui.

Sem dúvida que a melhor maneira para visitar a Antártida é através de uma viagem em cruzeiro. O melhor local para embarcar num cruzeiro para a Península Antártida é em Ushuaia, a cidade mais austral da Argentina, na ilha da Terra do Fogo (Tierra del Fuego).

Um Cruzeiro à Antártida é algo fabuloso e uma viagem marcante. A melhor época para visitar a Antártida de Cruzeiro à é durante os meses de Verão antárticos, ou seja, durante os meses de Dezembro, Janeiro e Fevereiro. Antes ou depois destas datas já é um pouco fora da época para se ter bom tempo e ver muitos animais.

Eu viajei no barco de expedição “Ocean Diamond” da empresa Quark Expeditions sediada no Canadá. Este cruzeiro é muito bom e com excelente serviço de hotel e restaurante.

Expedição de 15 dias num cruzeiro

Viajar a bordo de um navio no continente menos explorado é um sonho para muitos. A Antártida é um continente que fica no extremo Sul do globo, que contém o Pólo Sul.

Viajei na Península da Antártida e pelas Ilhas de Shetland do Sul durante 15 dias, deixando a cidade Argentina de Ushuaia em direcção à Passagem de Drake, até aos 68°11 S 67°00 W na Ilha Stonington, para lá do Circulo Antártico.

A minha expedição na Antártida foi a bordo do navio Ocean Diamond, um navio preparado para o gelo, que já fez centenas de viagens quer na região do Ártico quer da Antártida.

Durante o cruzeiro na Antártida visitei muitos lugares na região da Península e também das Ilhas Shetland do Sul. A viagem foi maravilhosa e excedeu todas as minhas expectativas.

Cenários deslumbrantes e uma verdadeira expedição aventura. Para além das incursões a terra e muitas viagens de lancha rápida pelo continente, tive 15 dias de aprendizagem acerca da Antártida.

A bordo do navio tive palestras e conferências diárias para saber mais acerca da Antártida, a sua geologia, história, flora e fauna.

Para além da equipa de experts a bordo do cruzeiro na Antártida, tive ainda o prazer de viajar na companhia de Falcon Scott (neto do explorador Robert Falcon Scott) e de Jonathan Shackleton (primo do explorador Ernest Henry Shackleton).

Itinerário do cruzeiro na Antártida

Paradise Harbour na Antártida

Expedição de 15 dias na Antártida:

  • Dia 1 – Ushuaia, Argentina
  • Dia 2 – Embarque em Ushuaia, Argentina
  • Dia 3 – Travessia da Passagem de Drake
  • Dia 4 – No mar para a Antártida
  • Dia 5 – Passagem pelo Círculo & Ilha Horseshoe
  • Dia 6 – Ilha Stonington
  • Dia 7 – Ilha Petermann
  • Dia 8 – Porto Lockroy & Ilha Cuverville
  • Dia 9 –  Porto Neko & Porto Paraíso
  • Dia 10 – Ilha Danco & Baia Wilhelmina
  • Dia 11 – Ilha Cuverville
  • Dia 12 – Ilha Deception (decepção) & Ilha Half Moon (Meia-Lua)
  • Dia 13 – Passagem de Drake para Ushuaia
  • Dia 14 – Passagem de Drake para Ushuaia
  • Dia 15 – Desembarque em Ushuaia, Argentina

Antártida a bordo do navio Ocean Diamond

CRUZEIRO DE EXPEDIÇÃO NA ANTÁRTIDA

A minha viagem de expedição na Antártida foi a bordo do navio Ocean Diamond com 124 metros de comprimento. Este navio é operado pela Quark Expeditions que faz viagens no Ártico e na Antártida.

O navio partiu de Ushuaia em Fevereiro de 2014. A excursão que comprei inicialmente á Quark Expeditions era a Expedição de 15 dias para atravessar o Círculo Sul. Mas o primeiro dia é em Ushuaia e eu já lá estava, por isso para mim a viagem só começou no dia seguinte. Consegui um cruzeiro de última hora à Antártida em Ushuaia, uma semana antes da partida.

O Ocean Diamond é um navio ecológico que oferece viagens com certificado neutro em emissões de carbono. Apesar de levar 189 passageiros, não se nota que há tantas pessoas a bordo. Não são assim tantas pessoas comparando com outros grandes navios que levam 4000 pessoas. A bordo do Ocean Diamond há um restaurante, uma loja de recordações, a maior biblioteca polar flutuante do mundo, um teatro em auditório, uma clínica com médicos credenciados e um ginásio. Agora tem algumas fotos dos diferentes andares do navio.

Círculo Antártico

Iceberg na Antártida

Durante a expedição à Antártida atravessei para lá dos 66º Sul, isto é, a linha imaginária que marca a entrada no chamado Círculo Antártico. O mais Sul que fui foi até aos 68º na Ilha Stonington, sudeste da Ilha de Adelaide na Baía de Marguerita.

No momento em que passámos os 66º, por volta das 5.30, havia dois grandes icebergs a boiar no Oceano Sul, mesmo ao lado do navio. Espectacular.

A melhor altura para fazer um cruzeiro na Antártida é durante os meses de verão na Antártida, ou seja, nos meses de Dezembro, Janeiro e Fevereiro. Antes ou depois destas datas é um pouco fora de época para ter boas condições meteorológicas e ver muitos animais.

Animais da Antártida

Adoro animais e durante estes 15 dias de cruzeiro na Antártida vi muitos animais selvagens lindos no seu habitat natural. Os meus favoritos são as focas-leopardo, mas as baleias e todos os tipos de pinguins são também maravilhosos.

Foca Leopardo na Antártida

Durante a minha viagem à Antártida tive a sorte de poder ver todos estes animais:

  1. Lobo-marinho-antártico (Arctocephalus gazella)
  2. Baleia-jubarte (Megaptera novaeangliae)
  3. Foca-caranguejeira (Lobodon carcinophaga)
  4. Foca-leopardo (Hydrurga leptonyx)
  5. Foca-de-weddell (Leptonychotes weddellii)
  6. Pinguim-de-adélia (Pygoscelis adeliae)
  7. Pinguim-gentoo (Pygoscelis papua)
  8. Mandrião-antártico (Stercorarius antarcticus)
  9. Petrel das neves (Pagodroma nivea)
  10. Gaivota Dominicana (Larus dominicanus)
  11. Pinguim-de-barbicha (Pygoscelis antarctica),
  12. Faigão-rola (Pachyptila desolata)
  13. Baleia assassina (Orcinus orca)

Qual a melhor época para visitar a Antártida

A Antárctida não pode ser visitada ao longo de todo o ano. Existe uma janela de tempo relativamente apertada, que vai de Novembro a Março, o período que por ali é considerado Verão. Apenas nessa altura do ano o gelo permite a passagem dos navios, existindo contudo algumas partida ainda em Outubro.

Dentro deste intervalo de tempo a melhor altura será uma questão de preferências pessoais. Os dias longos são garantidos, especialmente em Dezembro e Janeiro, quando os dias de sol são frequentes  e o astro-rei brilha durante cerca de vinte horas.

Novembro

Como é visitar a Antártida em Novembro?
Como é visitar a Antártida em Novembro?

Como é visitar a Antártida em Novembro? Se tem um fascínio por icebergs, visitar a Antártida em Novembro é para si! É nesta altura que os poderá ver na sua forma mais imponente e é também por esta altura que os glaciares estão no seu melhor, sem os sinais de lama que mais tarde surgirão. Dezembro e Janeiro também não são maus para a observação destas imensas massas de gelo, mas nada bate Novembro.

É também neste mês, a par com Março, que encontrará os preços mais baixos, especialmente se for logo no início.

Por outro lado o frio poderá ser intenso e a fauna não é muito abundante. Terá provavelmente oportunidade de observar crias de leões-marinhos e muitos pinguins, que nesta altura estão em plena época de acasalamento.

O gelo é ainda espesso, inviabilizando a ida a alguns locais que se tornarão acessíveis com o avançar do Verão. Por outro lado, os locais onde os visitante tocam em terra estão limpos e intocados, algo que se vai perdendo com o avançar da época, tornando-se lamacentos e cheios de pegadas.

Por isso é a melhor época para quem pretenda fazer expedições por terra, por exemplo, a subida ao Monte Vinson (4.892 m) ou acampamentos em busca do Pinguim Imperador.

Dezembro

Como é visitar a Antártida em Dezembro?

Como é visitar a Antártida em Dezembro?

Como é visitar a Antártida em Dezembro? Com a chegada de Dezembro as temperaturas elevam-se lentamente e os termómetros sobem acima de zero. Mesmo assim, os icebergs são ainda espectaculares e os dias tornam-se mais longos, alargando o período útil para a observação da natureza envolvente.

A partir do meio do mês os jovens pinguins começam a aparecer. As probabilidades de avistar aumentam em Dezembro e ainda se podem ver algumas crias de leões-marinhos.

Muita gente considera Dezembro a melhor altura do ano para visitar a Antárctida, especialmente a segunda quinzena, quando o frio intenso basicamente desaparece, o que significa que os preços sobem e reservas de última hora podem ser inviáveis. Haverá mais pessoas, mais navios no mar.

Janeiro

Como é visitar a Antártida em Janeiro?
Como é visitar a Antártida em Janeiro?

Como é visitar a Antártida em Janeiro? Viajar na Antártida neste mês é uma boa escolha. Em Janeiro pode contar ainda com a observação de icebergs imponentes. As crias de pinguim tornam-se mais visíveis e provavelmente verá também jovens focas. Boas probabilidades de avistar baleias, que sulcam as águas em grandes grupos.

As temperaturas costumam andar acima dos zero graus e há cerca de vinte horas de sol por dia. O gelo raramente perturba a navegação e os principais locais de interesse podem ser alcançados sem problemas.

Janeiro é dos meses em que os preços para visitar a Antártida são mais elevados, já que a par com Dezembro é considerada a melhor altura para vir até esta parte do mundo.

Os pontos em que se vai a terra começam a ficar saturados e a fervilhante vida animal também deixa as suas marcas. O cheiro será intenso, devendo considerar este factor se for sensível a aromas desagradáveis.

Fevereiro

Como é visitar a Antártida em Fevereiro?
Como é visitar a Antártida em Fevereiro?

Como é visitar a Antártida em Fevereiro? Em Fevereiro começa-se a sentir a aproximação do final do verão Antárctico, inicia-se a época de transição, o virar da página para um novo ano. Os dias começam a ficar mais curtos, o frio vai chegando, especialmente na segunda metade do mês.

Fevereiro é fabuloso para observar pinguins e as focas-leopardo. Os novos elementos das colónias requerem toda a atenção dos progenitores, que andam numa azáfama de recolha de alimentos para as suas crias. Também para os amantes das baleias este mês é adequado. Na realidade é provavelmente o melhor período para ver os grandes cetáceos, antes do início da sua longa rota migratória. Boa altura para avistar focas, cujas crias deliciam os visitantes com as suas brincadeiras.

Quem fizer questão de atravessar o círculo polar antárctico terá a vida facilitada neste mês, quando tipicamente se reúnem as melhores condições para o fazer.

Março

Como é visitar a Antártida em Março?
Como é visitar a Antártida em Março?

Como é visitar a Antártida em Março? Este é o último mês em que uma visita à Antártida é viável. Depois, tudo se altera: o frio insuportável cai sobre o continente gelado, a noite substitui o dia e a luz escasseia, enquanto o fervilhar da vida animal se reduz até praticamente se deter.

Mas é ainda assim uma altura possível. Os custos de uma viagem são dos mais baixos que poderá conseguir e pelo menos o avistamento de baleias é praticamente garantido. Na realidade, a observação de cetáceos está nesta altura no seu melhor e é mesmo possível até Abril.

Como é o Clima da Antártida

Clima na Antártida
Clima na Antártida

Clima na Antártida: Muitas pessoas sentem um pouco de receio embarcar numa aventura devido à ideia que têm das condições climatéricas da Antártida, mas é preciso esclarecer que no Verão o tempo pode ser muito agradável por estas paragens e definitivamente é bastante tolerável pela maioria das pessoas.

Nas zonas costeiras da Antártida, aquelas que visitará, a temperatura média anual é de dez graus negativos. Mas não se esqueça de que este valor é uma média, influenciada pelos -40 graus que se fazem sentir no Inverno e por valores registados bem mais a sul do que irá visitar.

Além disso, só se fazem expedições nos meses do Verão antárctico, e nessa época chegam a estar uns amenos 12 graus, sendo pouco frequentes valores negativos.

Os dias são longos e por vezes cheios de sol, mas isso é uma questão que vai depender da sua sorte. Na realidade, quanto mais se avança para o interior do continente mais limpos se encontram os céus da Antártida e como as expedições se mantêm nas áreas costeiras é de esperar dias bastante encobertos, se bem que o azul do céu se deva também descobrir e oferecer uma luz espectacular aos visitantes.

Uma característica agradável da Antártida, que se prende com o clima, é a elevada visibilidade. Se não existir nevoeiro nem outras condições temporárias, chega a ser possível avistar montanhas localizadas a mais de 500 km de distância! Isto deve-se às baixas temperaturas e ventos fortes, que mantêm a atmosfera limpa, o que cria também condições acústicas excepcionais.

Só por curiosidade, no interior do continente, nos pontos mais altos, a média anual é de -60 graus! Em média, imagine-se! Já agora, pertence à Antártida a marca máxima de registo de temperatura negativa. Aconteceu na estação polar Antártida de Vostok, onde no dia 21 de Julho de 1983 os termómetros marcaram a bonita temperatura de -89,2 graus.

O que Levar na Mala para a Antártida

É natural que as pessoas se sintam um pouco perdidas na hora de preparar a bagagem para uma viagem tão única. Afinal, para a maioria dos visitantes, trata-se da primeira vez em que se vêem envolvidos numa aventura deste género e não sabem o que irão encontrar.

Uma tendência comum é imaginar a Antártida como uma inóspita terra gelada, onde o frio domina e o perigo de morte por enregelamento é uma constante. E é. Mas não quando a visitar. Essa é uma outra Antártida, mais remota, e assim descrita durante os meses de Inverno. O que vai encontrar é uma terra bem mais acolhedora, com temperaturas a rondar os zero graus, nada de especial para quem já viajou pela Europa do Norte no Outono ou no Inverno.

Note que numa viagem à Antártida há como que dois universos: o conforto do seu camarote e do navio e as condições mais austeras do convés e das saídas para observar vida animal e o meio ambiente.

Vamos então fazer um pequeno rol que, claro, deverá ser adaptada ao seu caso. Isto é apenas uma ideia, uma fonte de inspiração para a sua própria lista de coisas a levar. E não se esqueça de verificar se existe um limite de peso para a bagagem no navio que o transportará até à Antártida.

Blusão. Talvez deva levar um. Mas a organização da viagem vai quase de certeza distribuir-lhe um, gratuitamente, e de cores bem garridas para se destacar sobre o gelo.

Roupa Geral. Vamos começar por umas boas ceroulas. Se possível de lã de merino, muito caras mas com uma qualidade fabulosa. Dois pares será o ideal. T-shirts suficientes para mudar todos os dias. Se não for possível, pois o que puder ser. Blusas de manga comprida para usar debaixo dos agasalhos mais pesados. Não esqueça que passará uma boa parte do tempo no navio, vestindo aí de forma casual, informal. Leve o que vestiria no seu dia a dia. Talvez calças de ganga e calçado confortável. Roupa para estar à vontade.

Agasalhos. Convém levar muitas meias quentes. Nunca se sabe. As meias ficam molhadas com facilidade e o conforto nos pés é essencial. Um gorro, ou dois, não vá acontecer algo, e controlar a perda de calor através da cabeça é essencial para se manter confortável num ambiente frio. Luvas, de preferência impermeáveis, e um cachecol que possa proteger não só o pescoço mas também a face. Aconselho a duplicar todos estes artigos. Uma perda pode afectar drasticamente  o seu conforto, mas levar a mais não constituirá grande peso ou volume adicional.

Galochas. Úteis na altura de ir a terra firme. As lanchas têm um pouco de água, projectada desde o exterior e, enfim, estará num meio bastante húmido. Além disso, ao desembarcar, poderá pisar na água. Se optar por levar galochas, atente na qualidade, se tiverem um bom isolamento técnico reforçado, tanto melhor. Eventualmente a companhia que organiza a expedição distribuirá galochas aos passageiros mas convém confirmar e decidir na posse dessa informação.

Calças Impermeáveis. Além da água a que os passageiros estão expostos nos percursos de lancha, é preciso não esquecer que o gelo é água e que a Antártida é gelo. E ninguém quer andar com as pernas molhadas. Há pessoal que prefere calças de neve. O problema com estas é que não são fáceis de vestir e despir. As calças impermeáveis leves oferecem outra flexibilidade.

Protector Solar. Muitas pessoas não se lembram de algo tão importante como protector solar quando fazem esta viagem. Afinal vão para a terra do frio e do gelo. Mas a verdade é que o sol é o mesmo que nos trópicos e aqui, com todo o reflexo causado por tanto branco, a sua intensidade é demolidora.

Outro Equipamento Essencial

  1. Máquina Fotográfica a seu gosto, seja uma SLR, uma compacta ou uma mirror less. Até mesmo um telemóvel de qualidade poderá captar os grandes momentos que certamente viverá na Antártida mas não se esqueça que é pouco provável que tenha uma segunda oportunidade… invista em algo que não o faça arrepender-se. Sugestão: traga algo para o caso de acontecer uma catástrofe. E se perder o carregador… ou a bateria… ou deixar cair a câmara na água. Pior que a perda material imediata será a impossibilidade de recolher imagens desta experiência única. Precavenha-se.
  2. Bolsa Impermeável, para levar o essencial nas suas expedições, que podem ser bem molhadas.
  3. Uma protecção térmica para garrafas. Não vai querer encontrar gelo em vez de água quando precisar de beber. Mas se visitar nos meses mais quentes é pouco provável que este utensílio tenha alguma utilidade.
  4. Binóculos, para observação da vida animal, quer desde o navio quer durante as expedições a terra firme.
  5. Óculos Escuros, porque na Antártida o sol brilha com intensidade, durante muitas horas, e com o brilho potenciado pelo branco do mundo que o vai envolver. Óculos de esqui são uma óptima ideia.
  6. Fato de banho. Considere trazer roupa para nadar. Poderá querer cometer alguma loucura gelada ou, por outro lado, aproveitar a piscina de água quente que o seu navio possa ter.
  7. Estojo de medicamentos básicos adequados às suas necessidades mas não esquecendo comprimidos para o enjoo. Recomenda-se um par de caixas de Sturgeon para ajudar na travessia dos mares alterosos que separam o ponto de partida do cruzeiro da Antártida.
  8. Creme Hidratante. As condições na Antártida tendem a secar a pele.

O que não vai precisar

Roupas formais. Apesar de fazer parte da viagem num navio de cruzeiro, o ambiente a bordo não costuma ser aquele que se espera encontrar numa embarcação deste género. Evite as peças de roupa de inverno pesadas e especialmente os fatos de esqui, complicados de vestir e despir e não escaláveis às condições que irá encontrar momento a momento. Além disto, apesar de uma viagem à Antártida poder soar a algo muito aventuroso, não o é tanto assim. Irá num navio confortável e seguro e tudo será preparado para si por uma equipa experiente. Esqueça aquelas coisas associadas a aventuras na natureza, como lanternas e bússolas. De qualquer maneira leve algo mais elegante para as refeições, já que terá de ter em conta que a maioria das pessoas presentes vão estar bem vestidas.

Outra coisa: poderá alugar alguma das coisas indicadas nesta lista, especialmente as mais volumosas, como as galochas, caso a organização da expedição não as forneça.

Perguntas e Respostas

Antártida ou Antárctica?

Ambas as versões são usadas. Em Portugal o uso da palavra “Antárctica” foi quase exclusivo até à pouco tempo mas recentemente a forma “Antártida” vulgarizou-se e é usado por várias agências noticiosas. No Brasil é comum verem-se as duas versões.

Em Português do Brasil durante muito tempo foi invariavelmente “Antártida”, com “Antárctica” a ser usada apenas como adjectivo. Uma mulher da Antárctica seria uma Antártida. Até que entre os anos 80 e 90 do século XX, a palavra Antártica começou a ser usada para designar o próprio continente gelado do sul. Talvez por influência da palavra em inglês (Antarctica) ou, quem sabe, pela famosa marca de cerveja brasileira, Antarctica.

Seja como for, muitos académicos defendem que a forma mais correcta será, ou deveria ser, “Antárctica”, já que a palavra deriva do latim antarcticus que por sua vez provém do grego antigo, anti  arctikós, ou seja, o oposto ao Árktos, as constelações conhecidas como Ursa Maior e Ursa Menor que se encontram a norte.

Além disso, seja em Português de Portugal ou do Brasil, o Árctico é… Árctico.

Eu resolvi adoptar a palavra Antártida.

E ao Pólo Sul, poderei ir?

As viagens à Antártida não prevêem uma visita ao Pólo Sul. São feitas de navio e o Pólo Sul encontra-se bem afastado do ponto mais próximo que se pode alcançar de barco. Contudo, tecnicamente, é possível fazê-lo, mas a experiência não está ao alcance de todos, especialmente do ponto de vista financeiro.

Postas as coisas da forma mais crua, a extravagância de assentar os pés no ponto onde os 360 meridianos se encontram, onde num passo se dá a volta ao mundo, vai-lhe custar algo a rondar os 50 mil Euros.  São viagens que se iniciam na América do Sul, por exemplo, em Punta Arenas, no Chile, e o levam até ao Pólo Sul, tendo uma duração total de cerca de uma semana, com uma breve visita ao pólo. O resto do tempo passa-se numa base a partir da qual a organização oferecerá passeios a locais de interesse na Antártida, enquanto se aguardam as condições ideais para o voo até ao Pólo Sul.

Em princípio regressa-se no mesmo dia, mas no caso das condições climatéricas se alterarem poderá ser necessário pernoitar no local, o que será feito em tendas. Os voos duram entre quatro a seis horas para cada lado. Se desejar passar mesmo a noite no Pólo Sul poderá optar por uma expedição com essa opção, que será apenas “um pouco” mais cara.

A base que vai encontrar no Pólo Sul tem um pequeno centro de visitantes, criado como resposta à frustração que as pessoas que aqui se deslocavam por não poderem entrar na base. Tecnicamente é proibida a entrada de visitantes na base mas se tiver sorte poderá conseguir uma visita guiada por um dos membros da equipa ali estacionada.

A base é composta por estruturas de três gerações. A primeira, chamada Old Pole, foi construída em 1956, sendo feita de madeira. Foi abandonada em 1975 e encontra-se hoje sob uma camada de neve e gelo sendo o acesso estritamente proibido por questões de segurança. A Cúpula Geodésica foi construída no início dos anos 70 do século passado, e tinha vários edifícios de apoio, tendo sido desmantelada em 2010. Na realidade, apenas a terceira geração é usada e visível, a Estação Elevada, cuja construção se iniciou em 1999.

Felizmente longe vão os tempos em que exploradores arriscavam as suas vidas, tantas vezes perdidas, para atingir este desafiante local. Foi em 1911 que a expedição norueguesa liderada por Roald Amundsen atingiu o Pólo Sul. Corria o dia 14 de Dezembro e pouco mais de um mês mais tarde, a 17 de Janeiro de 1912, chegava ao local um outro grupo, britânico, comandado pelo capitão Scott. Tragicamente, todos os homens dessa equipa perderam a vida, a apenas 17 km do ponto onde seriam salvos.  

Hoje em dia as coisas são mais fáceis. Os visitantes chegarão de avião, mas nada os salvará dos -28 graus que encontrarão… na época mais quente do ano.

Se continua interessado, poderá verificar as actuais condições junto de algumas das empresas que providenciam viagens ao Pólo Sul, até porque os termos, os preços e a duração da viagem varia bastante:

Antarctic Logistics » https://antarctic-logistics.com
White Desert » http://www.white-desert.com
Ice Trek » http://www.icetrek.com
Polar Explorers » http://www.polarexplorers.com
Polar Quest » https://www.polar-quest.com

O que é uma viagem Crossing the Circle?

Se vir uma referência a uma viagem Crossing the Circle e não souber do que se trata, pois significa que nesse cruzeiro terá a oportunidade de cruzar a linha do Círculo Polar Antárctico, bem mais a sul do que a maioria dos cruzeiros comerciais à Antártida.

Qual o Preço mais baixo possível?

A resposta a esta questão será sempre relativa. O factor sorte é importante, assim como o são as questões cambiais. Mas apesar de não dever contar com isso, já vi uma viagem, vendida quase em cima da hora, por USD 2,200. Eu paguei USD 6,300.

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