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O guia completo para dar a Volta ao Mundo

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O guia completo para dar a Volta ao Mundo

Quer organizar a sua viagem Volta ao Mundo?

Viajar, para muita gente é um vício que só é realmente satisfeito a… explorar o mundo e conhecer novas culturas. Para muitos, uma volta ao mundo é um sonho tornado realidade.

Um Pouco de História

Volta ao Mundo - Viajando no 7º continente, Antártica. Na Base Argentina Almirante Brown
Volta ao Mundo – Viajando no 7º continente, Antártica. Na Base Argentina Almirante Brown

O desejo de explorar, de ir mais longe, de conhecer novos territórios é quase tão antigo como o Homem. No início, havia que sobreviver, assegurar o alimento necessário, a segurança do individuo e do grupo. Mas assim que se tornou possível, o ser humano lançou-se à conquista do mundo.

Naqueles tempos a curiosidade de descobrir novas terras era complementada com motivações mais práticas. Estabelecer rotas comerciais, firmar alianças e pactos com poderosos reinos longínquos.

Foi assim que Marco Polo abandonou a sua Veneza natal para regressar apenas vinte e quatro anos depois, deixando para trás o rasto de uma viagem de cerca de mais de 22 mil quilómetros por terras asiáticas. Mas antes dele, ainda no século XIV, Ibn Battuta tinha percorrido a espantosa distância de 120 mil quilómetros, palmilhando terras que nos dias de hoje se estenderiam por 44 países.

Desde o início do século XV os navegadores portugueses partiram por mares nunca antes navegados, procurando o estabelecimento de uma lucrativa rota marítima para Índia. Com esse objectivo acabaram por descobrir ilhas perdidas na imensidão atlântica e estabeleceram bases comerciais em toda a costa de África subsaariana. Atingida a Índia seguiu-se o Atlântico Sul e o Brasil. O Império cresceu, consolidou-se.

Mas estes eram outros tempos. Quando os bravos marinheiros deixavam para trás a segurança de Lisboa, aventurando-se nas águas inclementes do Atlântico, acreditavam partir em direcção ao fim do mundo. Porque nessa época era tido como certo que o espaço conhecido era plano e finito e terminava de forma abrupta. A cada dia que passavam no mar esperavam atingir o fim da Terra e ser tragados pelo desconhecido.

Para o homem comum a ideia de um planeta esférico era completamente estranha. Mas alguns, como Cristóvão Colombo, tinham conhecimento das antigas teorias, desenvolvidas por sábios gregos, que falavam de uma Terra esférica.

E foi assim que Colombo se transformou, possivelmente, no primeiro candidato a uma viagem volta ao mundo. O projecto que apresentou aos reis de Espanha baseava-se nessa ideia: atingir a Índia partindo da Europa na direcção aparentemente oposta, apostando na possibilidade de rodear o globo, alcançando a Índia pelo lado oposto.

O destino não permitiu a conclusão do projecto de Colombo, que acabou por atingir a América, pensando que chegava às chamadas Índias Orientais.

A Expedição de Fernão de Magalhães

Réplica da nau Victória, de Fernão de Magalhães em Puerto de San Julian no sul da Argentina
Réplica da nau Victória, de Fernão de Magalhães em Puerto de San Julian no sul da Argentina

Contudo a ideia não foi abandonada. A Espanha enviou pelo menos duas expedições que tentaram ir mais longe, sem sucesso. Não tardou muito até Fernão de Magalhães, um experiente navegador português, ser contratado pela Coroa Espanhola para concluir o sonho de Colombo.

A frota de Fernão de Magalhães largou de Sevilha em 1519 e, iludindo a vigilância da Marinha portuguesa, navegou para sul, reabastecendo-se nas ilhas Canárias. Após mais uma paragem, desta vez em Cabo Verde, a esquadra rumou às costas do Brasil, que evitou, já que a presença portuguesa constituía uma ameaça.

Depois de mais um reabastecimento, Fernão de Magalhães seguiu para sul, procurando a passagem que, segundo acreditava, lhe abriria o caminho para a Índia. Em Outubro de 1520 os navios dobraram o cabo que marca o limite da América do Sul, iniciando a navegação para a Ásia, numa rota para nordeste.

Depois de passar as ilhas Marianas e de Guam, chegaram às Filipinas onde Fernão de Magalhães encontraria a morte, depois de se envolver em conflitos e disputas tribais.

Morreu o homem mas não o projecto. Já dizimada pela doença e pelas refregas, a guarnição não conseguiu manter os três navios da esquadra que ainda restavam. Incendiaram o Concepción, concentrando-se no Trinidad e no Victoria.

Mais tarde o Trinidad começou a meter água. O Victoria não tinha as dimensões necessárias para todos os homens e a expedição dividiu-se. O navio maior tentou regressar pela via que os tinha trazido até ali, mas acabou por ser capturado pelos portugueses e afundado por uma tempestade.

O Victoria procurou regressar a Espanha por Oeste, sob o comando de Juan Sebastián Elcano. Chegou a 6 de Setembro de 1522 com 18 sobreviventes a bordo. Estava concluída a primeira Volta ao Mundo.

Dicas rápidas para dar a Volta ao Mundo

  1. Faça fotocópias da sua documentação – tenha sempre consigo fotocópias da sua documentação como passaporte, carta de condução (Carteira Nacional de Habilitação CNH), cartão internacional de saúde, Cartão de Cidadão / BI (Cédula de identidade RG), etc.
  2. Você precisa de um visto? – Saiba para que países você precisa de vistos para fazê-los com antecedência.
  3. Ponha as suas vacinas em dia – Há várias vacinas que você deve ter em dia antes de partir em viagem. febre amarela, cólera, difteria, encefalite japonesa, hepatite A, hepatite B, gripe, raiva, tétano e febre tifóide.
  4. Verifique se o seu passaporte é válido por vários meses – Se você for viajar durante 1 ano não convém ter o passaporte a caducar dali a 5 meses.
  5. Verifique um passaporte com o número máximo de páginas – Se for viajar por muitos países e tiver o seu passaporte com poucas páginas vazias para carimbos e vistos, faça um passaporte novo.
  6. Pondere se deverá fazer um seguro de viagem – Normalmente nunca pensamos que pode acontecer algo de mal connosco, mas, um seguro de viagem não é só necessário para coisas más e super drásticas, ou seja, há eventualidades de viagem que um seguro de viagem pode cobrir: cancelamentos de avião, pedra de bagagem, roubo de equipamento, consultas médicas e eventualidades tranquilas de médico, etc.
  7. Tenha sempre dólares e euros consigo – Não conte em conseguir levantar sempre dinheiro nas caixas multibanco. Há destinos que às vezes não têm ATM’s ou porque não têm dinheiro ou até estarem fora de serviço. É sempre bom ter dinheiro de reserva em dólares e euros.
  8. Tenha um mini estojo de primeiros socorros – É bom ter sempre consigo um pequeno estojo com coisas primordiais para primeiros socorros, como pensos, liga adesiva, alguns comprimidos para diarreia, betadine, etc. Não exagere e faça um estojo pequeno.
  9. Transfira o correio – Tenha alguém que lhe veja o correio para verificar se há alguma coisa importante do banco, trabalho, etc.
  10. Notificar o banco por causa dos cartão de crédito – É muito importante que o seu banco saiba que você vai viajar. Eu já tive os meus cartões bloqueados porque o meu banco desconfiava que alguém estava a usar o meu cartão de crédito indevidamente.
  11. Compre um mini laptop – Viajar com uma mochila leve é muito importante. Há várias marcas de computadores que são muito bons para viajar, leves, rápidos e com bom armazenamento.
  12. Compre uma máquina fotográfica de qualidade – Durante uma viagem única é importante registar os melhores locais e melhores momentos com uma boa máquina fotográfica. Eu pessoalmente gosto e prefiro viajar com uma máquina compacta.

Locais a não perder numa viagem Volta ao Mundo

(ordem alfabética)

  1. Cataratas do Iguaçu – Iguaçu, Brasil
  2. Cidade de Lisboa, Portugal
  3. Glaciar Perito Moreno – El Calafate, Argentina
  4. Rio de Janeiro, Brasil
  5. Santuário Histórico de Machu Picchu – Cusco, Peru
  6. Templo de Angkor Wat – Siem Reap, Camboja
  7. Veneza e sua Lagoa, Itália

em construção.

Como organizar uma Volta ao Mundo?

Quando Ir

Qualquer viajante procura fazer coincidir as suas viagens com as melhores condições climatéricas. Ora isto é relativamente simples quando se escolhe um destino de férias. Basta procurar informação sobre a melhor época do ano para visitar, ponderar factores diversos, e avançar com as reservas.

Ora as coisas complicam-se quando o Mundo é o limite. Apesar da maioria das viagens à volta do globo decorrerem com pouca amplitude na latitude, desenganem-se os que pensam que o clima se mantêm idêntico à medida que se vai evoluindo em redor da Terra.

Mas para além do tempo, que geralmente se deseja seco e com temperaturas amenas, há outros factores que o viajante costuma ter em conta: a flutuação de preços, a previsão de momentos que possam colocar em causa a estabilidade de alguns territórios e as datas de eventos e ocasiões festivas.

Os preços, especialmente relevantes se o viajante estiver a planear uma volta ao mundo independente e com grandes troços por terra, podem variar significativamente, afectando o orçamento global da aventura. Em muitas paragens não existe oscilação, mas é melhor contar com um agravamento de preços na hotelaria, na restauração e mesmo nos transportes regionais, nas épocas consideradas altas para o turismo local e em momentos especiais.

Aliás, deverá considerar a possibilidade de vir a ter sérias dificuldades em encontrar alojamento se chegar a algumas localidades no momento em que se desenrolam eventos de grande importância. É melhor investigar e planear em conformidade, evitando as datas em que é esperada grande afluência de visitantes. A não ser, claro, que a ocasião lhe interesse especialmente.

Clima

Alguns cenários são evidentes: para o normal do viajante, viajar pelo Médio Oriente ou pelo Norte de África no pico do Verão é como embarcar numa viagem ao Inferno. O calor será intolerável e os dias serão passados num recanto com ar condicionado. Eu pessoalmente gosto de temperaturas muito altas, e já viajei várias vezes por estas regiões durante a altura do calor, com temperaturas acima dos 50 graus.

Também não será necessário ser um génio para saber que andar pelas latitudes mais a norte no Inverno tornará a viagem problemática, com a ausência da luz solar, o frio intenso e as tempestades de neve.

Mas o Mundo está cheio de fenómenos climatéricos e é impossível conhecê-los todos. Planear uma viagem à volta do mundo implica muita investigação. Não deixe de procurar os dados necessários, nunca. A qualidade da informação recolhida pode fazer a diferença entre uma doce memória e um calvário.

Vamos imaginar que faz questão de incluir a Índia no seu roteiro. Está ansioso por ver com os seus próprios olhos o Taj Mahal ou de explorar a magnífica Varanasi? Mas será que sabe que é no mês de Junho que chega a Monção e que grande parte do país se transforma num mar de lama pela chuva que não pára de cair em quantidades inimagináveis? O mesmo se passa no Sudeste Asiático entre Maio e Setembro.

Contudo, considere a possibilidade de ser ousado. Escolher as épocas teoricamente mais desfavoráveis pode trazer vantagens inesperadas. As paragens mais turísticas esvaziam-se, os preços descem. E alguns locais ganham atractivos evidentes. Por exemplo, poucos optam por visitar os templos de Angkor Wat, no Cambodja, na época das chuvas. Mas é precisamente nessa altura que a vegetação que os envolve está no seu melhor, secando depois durante a época seca. Alguns fenómenos só ocorrem num período que pode não ser o melhor. É o caso das famosas auroras boreais, cujo esplendor pode apenas ser apreciado nos meses mais austeros nas zonas próximas do círculo polar árctico.

Para recolher informação sobre os períodos com melhores e piores condições climatéricas para cada país, poderá visitar os websites bestimetogo.com e thebestimetovisit.com.

Cuidados com a Saúde

Algumas viagens à volta do mundo, especialmente as que se fazem de avião com o fim determinado de contornar o globo, não colocarão grandes riscos à saúde do viajante, que se deverá manter em ambientes controlados.

Mas outras opções mais “hardcore” poderão levá-lo através de zonas onde doenças como a malária, o dengue ou a febre amarela são comuns e será melhor tomar as precauções possíveis.

Para adoptar a melhor estratégia perante estas ameaças, deverá marcar uma consulta do viajante, junto do Serviço Nacional de Saúde, directamente com o Instituto de Higiene e Medicina Tropical da Universidade Nova de Lisboa, na minha página sobre os centros de vacinação em Portugal, ou recorrendo a um serviço privado como o que encontrará em consultadoviajante.com.

Se preferir estudar a situação antes de recorrer a uma consulta, não deverá haver nada melhor do que o website do CDC – Centers for Disease Control and Prevention.

Algumas pessoas acharão prudente efectuar um seguro de viagem que cubra todos os incidentes que possam ocorrer numa aventura deste tipo. Outras, sentirão que basta uma apólice das mais simples, capaz de garantir assistência médica em caso de acidente ou doença súbita e eventual repatriamento. Os mais audazes partirão simplesmente à procura de aventuras sem se preocupar com tais garantias.

Para os que optem por comprar um seguro de viagem existem duas opções de base…

Seguros de Saúde Nacionais

Estes podem ser adquiridos a empresas de seguros estabelecidas no nosso país. São mais económicos, qualquer agente de seguros pode tratar do assunto e o atendimento é personalizado. Por outro lado não têm as coberturas detalhadas dos produtos desenvolvidos por empresas especializadas. Se quer alguma protecção mas não tem a paranóia dos seguros, será uma boa solução. Em Portugal a Fidelidade e a Allianz oferecem produtos bastante sólidos. No Brasil poderá optar pela proposta da Mapfre ou da Porto Seguro.

Seguros de Saúde Especializados

Existem diversas empresas estabelecidas no estrangeiro, que operam sobretudo através da Internet, que sugerem seguros de viagem. Tratam-se de companhias especializadas neste tipo de produtos, com grande penetração no mercado e enorme solidez. Os seus seguros são mais caros do que os que se encontram a nível nacional, mas o detalhe e a vocação são imbatíveis. A World Nomads é a grande gigante mundial de seguros de viagem.

Passaporte e Vistos

É evidente que vai precisar de um passaportes e possivelmente de vistos. Como se trata de uma grande viagem, tenha em atenção a data de expiração do seu passaporte. Não esqueça que muitos países não aceitam visitantes se o passaporte não tiver uma data de validade superior a seis meses relativamente à data de entrada.

No que toca a vistos, deverá fazer um levantamento exaustivo das condições de cada país por onde vai passar. Sobretudo se a sua viagem for integralmente planeada antes da partida. Alguns problemas para que deverá estar preparado: países que exigem uma prova de bilhete de saída; exigência de prova de recursos financeiros que garantam a subsistência do viajante durante a sua permanência; países que exigem que o visto seja tratado na embaixada do país de origem do viajante ou na que lhe fique mais próxima… poderá não parecer problemático, mas os vistos têm uma validade, logo, se pensa visitar um destes países na fase final da sua volta ao mundo, será melhor prestar atenção às datas.

A Wikipedia é uma excelente primeira abordagem à questão dos vistos. Procure o Google como “Visa Policy of [escreva o nome do país que vai visitar]”. Outra fonte de informação é a Wikitravel. Para cada país, leia a secção “Get In”.

Recursos Online

1- A Shanon decidiu largar tudo para viajar em redor do mundo. Mantém um blog inspirador e com boas dicas para quem queira seguir os seus passos.

http://alittleadrift.com/travel-the-world-without-flying

2- O Wikihow costuma ter tutoriais bastante completos e disponibiliza um para quem deseje dar a volta ao mundo.

http://www.wikihow.com/Travel-Around-the-World

3- Alex McCaw deu a volta ao mundo num ano e escreveu um artigo que pode inspirar quem tenha planos idênticos.

https://blog.alexmaccaw.com/how-to-travel-around-the-world-for-a-year

4- No Blog Nerd Fitness existe um artigo fabuloso que mostra como foi possível dar a volta ao mundo durante dez meses com apenas USD418. Não é para todos.

5- Apesar de algo obsoleto e demasiado simples em alguns aspectos, o website perpetualtravel.com é dos mais completos no que toca ao auxílio aos candidatos a uma volta ao mundo.

http://www.perpetualtravel.com/rtw/index.html
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